Na jornada das startups, são diversos os planos de expansão colocados em prática por empreendedores para ganhar novos clientes e escalar rapidamente o mercado. A realização desta tarefa passa pelo desenvolvimento de tecnologias, criação de produtos e serviços, processos de mentoria e aceleração, além de rodadas de investimentos com fundos de venture capital.
Igualmente importantes para gerar engajamento, reconhecimento de marca e atrair consumidores para consolidar uma empresa no longo prazo são as estratégias de marketing e comunicação. Boas campanhas ou ações bem estruturadas possuem enorme potencial para destacar os valores e diferenciais de uma marca.
Entre esses métodos, há o growth hacking - processo que visa a expansão acelerada de determinada companhia no mercado. De forma simples e objetiva, os hacks (atalhos) são espécies de brechas que podem encurtar a avenida de crescimento (growth) ou evolução daquele negócio.
Mas o que é o Growth Hacking?
A metodologia foi criada pelo empreendedor americano Sean Ellis e ganhou bastante espaço em empresas de inovação e marketing. Por conta das cobranças cada vez maiores de investidores sobre os resultados e a geração de caixa, as startups estão entre as que mais utilizam esse modelo para mostrar que podem ser eficientes e lucrativas.
A produtividade de determinada vertical, a qualidade na execução de serviço ou a rapidez para atender o cliente são alguns dos exemplos de KPIs (Key Performance Indicator) avaliados para esses atalhos. Outros atributos levados em conta são as formas de geração de receita ou elevação do ticket médio do cliente.
Mas, afinal, qual a diferença entre estratégias tradicionais e aquelas empregadas por este modelo? Basicamente, ao focar nos KPIs, as startups podem ter uma visão holística sobre quais suas fraquezas e virtudes para o desenvolvimento de um protótipo ou aperfeiçoamento de artigo.
E como funciona na prática?
Para ser mais claro, pense em indicadores objetivos, como o ticket médio, a receita e a periodicidade do fluxo de caixa. Ao avaliar o gasto por pessoa, o conceito de growth hacking pode entender quais produtos têm o maior número de vendas daquele portfólio, organizar pesquisas para compreender as necessidades dos clientes e propor soluções.
A respeito da receita, a equipe de uma RetailTech ou Fintech pode fazer levantamentos para mensurar pontos importantes. Os clientes são na maioria homens ou mulheres? Qual a faixa etária? São jovens ou pessoas mais velhas? Quais gostos e hábitos de consumo eles têm, além dos artigos daquela empresa específica? Andam de carro, transporte público ou usam mais apps de compartilhamento de viagens?
Já quando o assunto é o fluxo de caixa, há um aumento em determinados meses do ano? Os gastos são maiores nesses períodos? É possível ações nestas datas? Como os chocolateiros durante a Páscoa ou as companhias de varejo no final do ano, é comum que as EdTechs façam promoções de cursos em novembro e dezembro para aproveitar a onda BlackFriday.
No caso das InsurTechs, a demanda no segmento de seguros costuma ser maior entre o final e o começo do próximo ano, quando os consumidores fazem as renovações das apólices. Esse padrão pode ser estendido, ainda, para as startups de crédito, como aquelas do setor imobiliário, quando há a redução da taxa básica de juros, a Selic. Como atrair esse potencial cliente com os juros menores para a tomada de financiamento ou empréstimos?
De forma geral, focar nos KPIs pode ajudar os empreendedores e demais pessoas dos times internos a compreenderem os gargalos da startup para criar novas oportunidades, produtos e parcerias que possam reverter determinada tendência e torná-la positiva. Em empresas de tecnologia, onde há poucos recursos, equipe reduzida e muito trabalho, esse movimento é cada vez mais essencial.
Aviso importante, leia com atenção: As sociedades empresárias de pequeno porte e as ofertas apresentadas nesta plataforma estão automaticamente dispensadas de registro pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. A CVM não analisa previamente as ofertas. As ofertas realizadas não implicam por parte da CVM a garantia da veracidade das informações prestadas, de adequação à legislação vigente ou julgamento sobre a qualidade da sociedade empresária de pequeno porte. Antes de aceitar uma oferta leia com atenção as informações essenciais da oferta, em especial a seção de alertas sobre risco e o material didático do investidor.